segunda-feira, 20 de novembro de 2017

MATERIAL PARA P2 HISTÓRIA 22 DE NOVEMBRO


LISTA DE REVISÃO - CORRIGIDA

Questão 01 – “A Península Balcânica apresenta características geográficas que, na Antiguidade, influenciaram fortemente a sua vida econômica, favorecendo o expansionismo comercial e marítimo em detrimento da agricultura.” (Cláudio Vicentino)
Explique a afirmação acima:
            A antiga Grécia apresentava um território de relevo acidentado (montanhoso) que prejudicava muito o desenvolvimento da agricultura, por outro lado, o litoral recortado formando portos naturais e sua excelente localização no mar Mediterrâneo, favorecia sobremaneira o comércio marítimo.

Questão 02 – A época arcaica (séculos VIII-VI a. C.) é talvez o período mais importante da história grega. O período arcaico trouxe consigo inovações capitais em todos os domínios. A novidade maior é o desenvolvimento da polis (cidade-Estado grega), cuja característica essencial é a unificação entre cidade e campo.” (M. Austin e P. Vidal-Naquet)
            Caracterize as póleis gregas:
            A Grécia Antiga possuía uma política descentralizada a partir de várias cidades-Estado, denominadas póleis que apresentavam uma autonomia política, econômica, social e legislativa.

Questão 03 – “(...) Os pais não eram livres para educar seus filhos da forma que queriam. Quando nascia, a criança era levada a um lugar onde se reuniam os mais velhos de cada tribo. Ali era examinada e, se fosse saudável, ordenavam que fosse criada; se possuísse constituição física frágil, era atirada do Monte Talgeto. Acreditavam que, estando destinada desde o nascimento a não possuir força nem saúde, não seria vantajoso nem para ela nem para o Estado deixá-la viver. (...)” (Plutarco)
            Comente como se promovia a adesão dos jovens espartanos ao militarismo:
            Desde muito cedo, aos 7 anos, os meninos eram submetidos à educação rígida oferecida pelo Estado. Quase todo o tempo devia ser dedicado aos exercícios físicos e aos preparativos para a guerra. Entre os 12 e os 30 anos, os jovens deviam dormir em alojamentos coletivos, com companheiros da mesma faixa etária. Depois dessa idade, podiam casar-se e participar das decisões da assembleia.

Questão 04 – Explique o papel da mulher na Grécia Antiga e relacione o tratamento dispensado às mulheres de Esparta e às mulheres de Atenas:
            Todas as mulheres gregas (característica de todas as póleis) eram tratadas como subordinadas à figura masculina, fruto de uma cultura patriarcal. Entretanto, em Esparta, as mulheres recebiam um tratamento diferenciado do Estado espartano que lhes ofereciam escolaridade, alimentação e práticas de esporte. Tais benefícios tinham como objetivo cuidar da saúde das mulheres para que gerassem futuros soldados saudáveis.

Questão 05 – “A cidade-Estado de Atenas, cujo nome deriva da deusa Atena, divindade que simbolizava o aprendizado e a sabedoria, localiza-se na região da Ática. Em virtude da baixa fertilidade do solo, a produção de cereais (trigo e cevada) era insuficiente para alimentar a população. Por dispor de um excelente porto, Atenas possuía ótimas condições para expandir o comércio marítimo. (...)
            Em decorrência da expansão do comércio marítimo, do aumento da população e do crescimento do número de comerciantes, intensificaram-se as lutas sociais. O povo passou a pressionar e exigir concessões dos eupátridas. Todas as reivindicações levara à criação de um novo modelo político: a democracia, onde o Estado passaria a ser controlado pelos cidadãos.” (Lafayette Tourinho)
            Apresente o conceito da democracia ateniense e identifique quem eram os cidadãos em Atenas:
            A partir da defesa de um governo do povo, a democracia ateniense abandonava o direito de nascimento e promovia direitos de participação política a todos os homens livres nascidos em Atenas: os cidadãos. Desse modo, consolidava-se a democracia ateniense. A participação política, contudo, era restrita a 10% dos habitantes da cidade. Eram cidadãos portanto: homens, maiores de 21 anos, livres e filhos de pai e mãe atenienses.

Questão 06 – Caracterize:
a)      Confederação de Delos
Para enfrentar o avanço do grandioso império persa, Atenas sugeriu a criação de uma liga (Liga de Delos) onde todas as póleis contribuíssem com suprimentos para a guerra, tais como: dinheiro, soldados, alimento, armas, munição, etc.

b)      Imperialismo ateniense
Após a vitória contra os persas, Atenas manteve a Liga de Delos para garantir proteção contra futuros ataques militares. Entretanto, passou a usufruir das doações e riquezas enviadas a Delos e buscou impor um poder políticos às outras póleis gregas.

c)      Guerra do Peloponeso
Contrariada com o imperialismo ateniense, Esparta criou a Liga do Peloponeso juntamente com outras póleis opositoras a Atenas e deu início a uma longa guerra interna entre as póleis conhecida como Guerra do Peloponeso. Esta guerra durou trinta anos e acabou arruinando com as póleis gregas, contribuindo para o avanço e domínio dos Macedônios.

Bom estudo!

TEXTO DE APROFUNDAMENTO: GRÉCIA ANTIGA


GRÉCIA ANTIGA
Não resta dúvida de que o legado da Grécia antiga para a moderna cultura ocidental tem um valor inestimável. Com a invenção da democracia e da filosofia, os gregos criaram os fundamentos do moderno conceito de cidadania e lançaram as bases do pensamento científico e da arte ocidental. O mesmo se pode dizer da criação literária e do teatro grego, cujos modelos ainda hoje são seguidos.

TEMPOS DE FORMAÇÃO


A Grécia localiza-se na península Balcânica é formada por regiões montanhosas, de relevo acidentado, o que influenciou política e economicamente a vida dos antigos gregos. A sua posição geográfica favoreceu a ligação entre a Europa e o Oriente Próximo. As poucas planícies férteis dificultaram o desenvolvimento da agricultura, porém, o litoral recortado e extenso facilitou o desenvolvimento do comércio marítimo.
 A península Balcânica era habitada por grupos de pastores seminômades, os pelasgos. Por volta do ano 2000 a.C., começou a ser ocupada por povos indo-europeus, vindos das planícies euroasiáticas. Os primeiros foram os aqueus, depois os jônios, os eólios e dórios.
O território ocupado pela Grécia antiga pode ser dividido em três partes: a continental, chamada pelos gregos de Hélade, correspondente ao sul da península Balcânica; a insular, formada pelas ilhas do mar Egeu; e a asiática, ou Jônia, localizada na costa ocidental da Ásia Menor (na atual Turquia).
Ao contrário do que temos hoje, a Grécia antiga não chegou a formar um Estado unificado. Seu território era de fato ocupado por várias cidades autônomas, cada qual com sua própria organização social, religiosa, política e econômica. Por tais características, essas cidades, chamadas polis pelos gregos, são denominadas cidades-Estado. As principais foram Esparta, Atenas, Tebas e Corinto.

A polis era constituída por um núcleo principal, algumas vilas e áreas agrícolas. No núcleo principal ficavam a acrópole (centro religioso que também servia de fortaleza militar), a ágora (praça central) e o asti (espécie de mercado). A história da Grécia antiga se estende por quase dois milênios.
Em meados do século IV a.C., o território grego foi dominado pelos macedônios, que assimilaram e difundiram a cultura grega por todo o Oriente. A esse período deu-se o nome de Helenístico. Mais tarde, a Grécia seria incorporada ao Império Romano.
A população da Grécia antiga formou-se a partir do encontro de quatro povos de origem indo-europeia (provenientes da Ásia central): aqueus, jônios, eólios e dórios.
Duas obras se destacam como fontes históricas referentes ao período posterior à invasão dórios: os poemas épicos Ilíada e Odisseia, atribuídos a Homero. A invasão dória provocou significativa transformação no modo de vida dos gregos.

Ilíada e a Odisseia, poemas atribuídos a Homero que contam a Guerra de Tróia e o regresso do herói Odisseu (Ulisses) à Grécia. Estas obras descrevem relatos verídicos e imaginários, que geram uma constante pesquisa para separar a ficção do fato, sem comprometer o valor simbólico das obras.

A dispersão populacional resultou na diminuição e no enfraquecimento das atividades urbanas, como o comércio e o artesanato. A produção artística perdeu importância e a própria escrita deixou de ser utilizada.

A Guerra de Tróia
Segundo o poeta Homero, no poema Ilíada, a Guerra de Tróia teria ocorrido porque Páris, filho do rei de Tróia, raptou Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta, e famosa por sua beleza. Menelau e outros chefes gregos formaram um grande exército e, sob o comando de Agamenon, rei de Micenas, atacaram Tróia. A cidade resistiu a um cerco de dez anos. Tróia foi finalmente tomada graças a um ardil sugerido por Ulisses, rei de Ítaca. Os gregos construíram um grande cavalo de madeira, no interior do qual esconderam alguns soldados. O cavalo foi oferecido aos troianos, que o levaram para dentro da cidade. À noite, os soldados saíram do interior do cavalo e abriram os portões da cidade para que entrasse o exército grego, que massacrou os troianos semiadormecidos.

Por volta do século VIII a.C., a economia da região voltou a crescer. Lentamente, a utilização da moeda, a difusão da metalurgia do ferro e o desenvolvimento da escrita, a partir do alfabeto dos fenícios, colaboraram para consolidar as mudanças. As cidades ressurgiram e o desenvolvimento da navegação permitiu a colonização de terras distantes. Colonos gregos estabeleceram-se, assim, no mar Negro, no Egito, na Líbia, no sul da península Itálica e até na península Ibérica. Era a Segunda Diáspora Grega, motivada em grande parte pelo crescimento populacional. Essa expansão ajudou a incrementar as atividades comerciais, dando origem a uma intensa rede de comércio. Com o tempo, nas áreas colonizadas surgiram cidades semelhantes à polis. Na península Itálica, as colônias gregas ficaram conhecidas como Magna Grécia.
A intensificação das atividades econômicas possibilitou o fortalecimento de alguns grupos sociais ligados às atividades urbanas, como os comerciantes e artesãos. Por sua vez, um grande número de camponeses empobreceu em virtude da concorrência dos produtos vindos das colônias. Alguns deles perderam suas terras e muitos chegaram a se tornar escravos por causa de dívidas.
A Grécia passou então por um período de conflitos sociais que provocaram enormes mudanças na organização da sociedade. Muitas das cidades gregas, governadas até esse momento por soberanos, aboliram a monarquia (palavra grega que significa "governo de um"), substituindo-os por uma pequena elite governante, a aristocracia ("governo de alguns"). Em algumas cidades, a continuidade das tensões, ocasionadas pelo aumento do poder econômico dos grupos privilegiados, conduziria a uma completa reformulação das relações sociais. Em Atenas, por exemplo, surgiu a democracia, que significa "governo da maioria".


ATENAS, BERÇO DA DEMOCRACIA

Atenas foi fundada na Ática, península do mar Egeu, pelos jônios, que ali se estabeleceram de forma pacífica, ao lado de eólios e aqueus, antigos habitantes da região. No início, o poder político estava sob o controle dos eupátridas, donos das terras mais produtivas. (...)Em 507 a.C., Clístenes assumiu o comando de Atenas e realizou um vasto programa de reformas, no qual estendeu os direitos de participação política a todos os homens livres nascidos em Atenas: os cidadãos.
Desse modo, consolidava-se a democracia ateniense. A participação política, contudo, era restrita a 10% dos habitantes da cidade. Ficavam excluídos da vida pública, entre outros, estrangeiros residentes em Atenas (os chamados metecos), escravos e mulheres, ou seja, a maior parte da população. Apesar desses limites, a democracia ateniense foi a forma de governo que, no mundo antigo, mais direitos políticos estendeu ao indivíduo. Atribui-se a Clístenes ainda a instituição do ostracismo, que consistia na suspensão dos direitos políticos e no exílio por dez anos dos cidadãos considerados perigosos para o Estado.

MULHERES DE ATENAS
As mulheres tinham menos liberdade em Atenas do que em Esparta. Casavam-se muito jovens, entre 15 e 18 anos, conforme a escolha dos pais. Após o casamento, tinham de prestar obediência ao marido. As mais ricas viviam reclusas em uma área da casa denominada gineceu. As mais pobres eram obrigadas a trabalhar. O marido tinha o direito de devolver a esposa aos pais dela em caso de esterilidade ou adultério. Diferentemente de Esparta, em Atenas não havia escolas públicas, embora a educação fosse obrigatória. Quando a criança chegava aos 7 anos, cabia ao pai enviar o filho a um mestre particular. A vida escolar se compunha, em geral, de um primeiro momento chamado música, que compreendia o aprendizado da cultura literária e da música propriamente dita. Depois dos 18 anos, os que podiam continuar estudando frequentavam as lições de retórica e de filosofia.

A FORÇA DE ESPARTA
Encravada no Peloponeso, Esparta foi erguida pelos dórios, no século IX a.C., numa região chamada Lacônia. Ali, a dominação dória sobre os povos conquistados deu origem a uma rígida organização social, econômica e política. Um conjunto de leis, atribuídas a um lendário legislador chamado Licurgo, garantia o poder a um pequeno grupo de descendentes dos invasores dórios.


Uma sociedade guerreira
Os esparciatas deviam seguir uma disciplina extremamente rígida. Desde muito cedo, aos 7 anos, os meninos eram submetidos à educação oferecida pelo Estado. Quase todo o tempo devia ser dedicado aos exercícios físicos e aos preparativos para a guerra. Entre os 12 e os 30 anos, os jovens deviam dormir em alojamentos coletivos, com companheiros da mesma faixa etária. Depois dessa idade, podiam casar-se e participar das decisões da assembleia.
O principal dever das mulheres era dar à luz filhos vigorosos. Embora fossem obrigadas a praticar ginástica, tinham bastante liberdade. Em virtude da prolongada ausência a que estavam sujeitos os homens, cabia às mulheres a administração dos interesses da casa. A elas, e não aos homens, era concedido o direito de praticar o comércio.

A educação espartana
Os jovens esparciatas, obrigados a cumprir a rigorosa disciplina do serviço militar, estavam ligados por toda a vida à polis. O filósofo grego Plutarco descrevia assim a educação das crianças: Os meninos, quando completam doze anos, não usam mais a túnica, apenas recebem um manto para todo o ano (..).
Dormem sobre juncadas de caniços que eles mesmos fazem com os caniços colhidos pelas próprias mãos, sem ferramenta (..). O que os meninos trazem (lenha e legumes) para preparar as refeições é roubado, seja escalando os jardins, seja insinuando-se nas salas de jantar comuns, tudo com tanto de astúcia quanto de destreza. Aquele que for apanhado em flagrante receberá muitas chicotadas, por ter-se deixado pegar por negligência ou inabilidade.
Roubam também tudo o que podem de comida. (..) Um deles, dizem, tendo roubado uma pequena raposa e conservando-a escondida sob a túnica, deixou-a dilacerar o ventre com as unhas e os dentes, e morreu no lugar para conservar seu segredo. Esse fato não é incrível, a julgar pelos jovens espartanos de hoje. Eu vi mais de um perecer sob o látego diante do altar de Ártemis.
Recebem o nome de Guerras Médicas (ou Guerras Medas, Guerras Greco-Persas, Guerras Greco-Pérsicas e Guerras Persas) os conflitos entre os antigos gregos e o Império Persa durante o século V a.C. ocorridos na região do Mediterrâneo Oriental.

GUERRAS MÉDICAS

As Guerras Médicas ocorreram entre os povos gregos e os medo-persas. A vitória da Grécia garantiu o controle comercial da região, imortalizou seus heróis e estabeleceu ao mundo o modelo ocidental de se fazer a guerra.
Com o fim da guerra, Atenas passa a exercer uma hegemonia política e cultural sobre as demais póleis. A Confederação de Delos foi mantida sob o argumento de que os persas podiam voltar e o pagamento de tributos voltados para a guerra continuaram a serem cobrados. Estes recursos foram aplicados para o desenvolvimento de Atenas.
Este período de esplendor ateniense, o século V a.C. é conhecido como o "Século de Péricles" , ou "Século de ouro", marcado pelo aperfeiçoamento das instituições democráticas, pela construção de obras públicas e pelo grande desenvolvimento das artes e do pensamento filosófico.
A guerra civil, contra a hegemonia de Atenas e contra a Confederação de Delos é conhecida como Guerra do Peloponeso. A cidade de Esparta declara guerra à Atenas no ano de 431 a.C. e organiza uma liga militar, a Liga do Peloponeso. Com o final das guerras em 404 a.C., Esparta inicia uma hegemonia militar sobre as cidades gregas. As guerras civis continuam por um certo período, Tebas exercerá também um domínio sobre as póleis.
Estas guerras internas enfraquecem as cidades gregas, possibilitando a invasão de um povo estrangeiro, os macedônicos.
Fonte: www.dialetico.com


quinta-feira, 14 de setembro de 2017

PERSAS: TEXTO & ATIVIDADES NO CADERNO

OS PERSAS (Texto & atividades)


            Apesar da pobreza do solo, o planalto iraniano foi ocupado desde o sexto milênio a.C., recebendo acentuadas levas de populações indo-europeias por volta de 200 a.C. O território foi unificado por Ciro I (559 a.C. – 529 a.C.), rei persa que submeteu seus vizinhos medos. Com a prática expansionista, os persas logo invadiram a Mesopotâmia, a Palestina e a Fenícia e chegaram à Ásia Menor (no Ocidente) e à Índia (no Oriente).

            Ciro, o principal conquistador, foi bastante hábil em se aliar às elites locais dos territórios conquistados, em vez de simplesmente submetê-las, garantindo relativa estabilidade a um vasto império. Seu filho e sucessor, Cambises, atacou o Egito, conquistando o vale do Nilo após a vitória na batalha de Pelusa (525 a. C.). Contrariando as regras de tolerância de seu pai, deu início a um período de centralização autoritária e de submissão aos povos conquistados.
O período de maior florescimento persa ocorreu no reinado de Dario I (524 a.C. – 484 a.C.), que dividiu o império em províncias, as satrápias. Os sátrapas eram encarregados da cobrança e do pagamento de impostos ao imperador e eram fiscalizados, por sua vez, por inspetores oficias, os “olhos e ouvidos do rei”.
            Dario também mandou construir estradas que ligavam os principais centros urbanos do império (Susa, Pasárgada, Persépolis), criou um eficiente sistema de correios, para maior controle das províncias, e implantou uma unidade monetária chamada dárico.
            No Império Persa, assim como entre outros povos da Antiguidade orienta, existia a servidão coletiva, em que os trabalhadores prestavam serviço ao Estado. O comércio era realizado por povos subjugados, como fenícios, babilônios e hebreus. A burocracia, formada pelos sátrapas e sacerdotes, tinha grande importância na sustentação do poder estatal.
            O domínio do imperador era garantido pelo numeroso exército, mantido com propósitos expansionistas. A existência desse exército, porém, não impediu o fracasso dos ataques feitos por Dario I e seu sucessor, Xerxes I, à Grécia. As chamadas Guerras Médicas – de medos, um dos povos do Império persa – iniciaram o apogeu grego e a decadência persa. Mais tarde, todo o território persa seria dominado pelos macedônios.


RELIGIÃO: ZOROASTRISMO
           
            Apesar da incorporação de elementos externos, como a adoção da escrita cuneiforme de origem Mesopotâmica, a cultura persa apresentava peculiaridades notáveis. Sua religião era basicamente dualista, fundada na crença em duas divindades antagônicas principais: Ormuz-Mazda, deus do bem, da luz e do mundo espiritual, e Arimã, deus do mal e das trevas. O imperador seria o representante do bem na terra, em sua infindável luta contra o mal, mostrando o forte vínculo da religião com as estruturas de poder. (...) No conjunto, os persas também admitiam a vida após a morte e o advento de um Messias à Terra, um salvador que libertaria os justos (assim como na religião judaica). Os princípios dessa religião, chamada zoroastrismo ou masdeísmo, estavam no livro sagrado Zend-Avesta, que teria sido escrito por uma personagem lendária: Zoroastro, também chamado Zaratustra.   

Curiosidades:

·         Na Pérsia não existiam templos ou cultos. Zoroastro acabou com as crenças nos antigos ídolos ao demonstrar que a verdade e a pureza eram expressões do próprio culto. Muita característica do zoroastrismo influenciou outras religiões, como o cristianismo e o judaísmo. Algumas virtudes recomendadas pelo zoroastrismo, como o cumprimento às obrigações de trabalho, obediência aos governantes, criação de muitos filhos e cultivo da terra, serviam também para convencer a camada mais inferior da sociedade persa a não se revoltar contra a situação de exploração a que vivia submetida. Essa concepção religiosa acabou por se transformar em importante fator de controle político e social por parte dos reis e da aristocracia persa.

·         Aprimorando a administração, Dario I viabilizou os sistemas de impostos e estimulou o intercâmbio comercial com a criação da moeda de ouro, o “dárico”, transformada na primeira unidade monetária internacional confiável e aceita no mundo antigo.

ATIVIDADES: (RESPONDER NO CADERNO DE HISTÓRIA E COPIAR OS ENUNCIADOS):

1. Apresente a localização da Antiga Pérsia:

2. Indique o principal "legado" deixado pelos antigos persas:

3. Por que os antigos persas respeitavam a cultura do povo dominado?

4. Caracterize as "satrapias":

5. Explique a importância para os antigos persas em investir em um eficiente correio e em uma complexa rede de estradas:

6. Defina o "dárico" e apresente o seu objetivo:

7. Caracterize a religião "Zoroastrismo" e apresente a sua possível influência para as religiões monoteístas:





sábado, 26 de agosto de 2017

TAREFA FENÍCIOS E PERSAS CANCELADA



(((A TAREFA DE CASA - HISTÓRIA

PARA O DIA 29/08/2017

FOI CANCELADA)))



Queridos alunos, 6º Ano A, B & C, a tarefa de casa referente aos "fenícios" e "persas" será transferida para a próxima semana. 
Um excelente final de semana! ❤

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

VIDEOAULA MESOPOTÂMIA

VIDEOAULA MESOPOTÂMIA

MESOPOTÂMIA TEXTO

MESOPOTÂMIA

            A palavra mesopotâmia tem origem grega e significa "terra entre rios". Essa região localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque. Esta civilização é considerada uma das mais antigas da história.
Vários povos antigos habitaram essa região entre os séculos V e I a.C. Entre estes povos, podemos destacar: babilônicos, assírios, sumérios, caldeus, amoritas e acádios. Vale dizer que os povos da antiguidade buscavam regiões férteis, próximas a rios, para desenvolverem suas comunidades. Dentro desta perspectiva, a região da mesopotâmia era uma excelente opção, pois garantia a população:  água para consumo, rios para pescar e via de transporte pelos rios.          
Outro benefício oferecido pelos rios eram as cheias que fertilizavam as margens, garantindo um ótimo local para a agricultura.
            No geral, eram povos politeístas, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. No que se refere à política, tinham uma forma de organização baseada na centralização de poder, onde apenas uma pessoa  (imperador ou rei ) comandava tudo.
            A economia destes povos era baseada na agricultura e no comércio nômade de caravanas.
            Os sumérios, um dos povos da Mesopotâmia, destacaram-se na construção de um complexo sistema de controle da água dos rios. Construíram canais de irrigação, barragens e diques. A armazenagem da água era de fundamental importância para a sobrevivência das comunidades.
            Uma grande contribuição dos sumérios foi o desenvolvimento da escrita cuneiforme, por volta de 4000 a.C. Usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da história, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econômicos e políticos da época.
            Os sumérios, excelentes arquitetos e construtores, desenvolveram os ZIGURATES. Estas construções eram em formato de pirâmides e serviam como locais de armazenagem de produtos agrícolas e também como templos religiosos. Construíram várias cidades importantes como, por exemplo: Ur, Nipur, Lagash e Eridu.

Código de Hamurábi

            O Código de Hamurábi é um conjunto de leis criadas na Mesopotâmia, por volta do século XVIII a.C, pelo rei Hamurábi da primeira dinastia babilônica. O código é baseado na lei de talião, “olho por olho, dente por dente”. 
            As 281 leis foram talhadas numa rocha de diorito de cor escura. Escrita em caracteres cuneiformes, as leis dispõem sobre regras e punições para eventos da vida cotidiana. Tinha como objetivo principal unificar o reino através de um código de leis comuns. Para isso, Hamurabi mandou espalhar cópias deste código em várias regiões do reino.
            As leis apresentam punições para o não cumprimento das regras estabelecidas em várias áreas como, por exemplo, relações familiares, comércio, construção civil, agricultura, pecuária, etc. As punições ocorriam de acordo com a posição que a pessoa criminosa ocupava na hierarquia social.
            O código é baseado na antiga Lei de talião, “olho por olho, dente por dente”. Logo, para cada ato fora da lei haveria uma punição, que acreditavam ser proporcional ao crime cometido. A pena de morte é a punição mais comum nas leis do código. Não havia a possibilidade de desculpas ou de desconhecimento das leis.


Fonte: Adaptação de Gilberto Cotrim e Cláudio Vicentino