quinta-feira, 14 de setembro de 2017

PERSAS: TEXTO & ATIVIDADES NO CADERNO

OS PERSAS (Texto & atividades)


            Apesar da pobreza do solo, o planalto iraniano foi ocupado desde o sexto milênio a.C., recebendo acentuadas levas de populações indo-europeias por volta de 200 a.C. O território foi unificado por Ciro I (559 a.C. – 529 a.C.), rei persa que submeteu seus vizinhos medos. Com a prática expansionista, os persas logo invadiram a Mesopotâmia, a Palestina e a Fenícia e chegaram à Ásia Menor (no Ocidente) e à Índia (no Oriente).

            Ciro, o principal conquistador, foi bastante hábil em se aliar às elites locais dos territórios conquistados, em vez de simplesmente submetê-las, garantindo relativa estabilidade a um vasto império. Seu filho e sucessor, Cambises, atacou o Egito, conquistando o vale do Nilo após a vitória na batalha de Pelusa (525 a. C.). Contrariando as regras de tolerância de seu pai, deu início a um período de centralização autoritária e de submissão aos povos conquistados.
O período de maior florescimento persa ocorreu no reinado de Dario I (524 a.C. – 484 a.C.), que dividiu o império em províncias, as satrápias. Os sátrapas eram encarregados da cobrança e do pagamento de impostos ao imperador e eram fiscalizados, por sua vez, por inspetores oficias, os “olhos e ouvidos do rei”.
            Dario também mandou construir estradas que ligavam os principais centros urbanos do império (Susa, Pasárgada, Persépolis), criou um eficiente sistema de correios, para maior controle das províncias, e implantou uma unidade monetária chamada dárico.
            No Império Persa, assim como entre outros povos da Antiguidade orienta, existia a servidão coletiva, em que os trabalhadores prestavam serviço ao Estado. O comércio era realizado por povos subjugados, como fenícios, babilônios e hebreus. A burocracia, formada pelos sátrapas e sacerdotes, tinha grande importância na sustentação do poder estatal.
            O domínio do imperador era garantido pelo numeroso exército, mantido com propósitos expansionistas. A existência desse exército, porém, não impediu o fracasso dos ataques feitos por Dario I e seu sucessor, Xerxes I, à Grécia. As chamadas Guerras Médicas – de medos, um dos povos do Império persa – iniciaram o apogeu grego e a decadência persa. Mais tarde, todo o território persa seria dominado pelos macedônios.


RELIGIÃO: ZOROASTRISMO
           
            Apesar da incorporação de elementos externos, como a adoção da escrita cuneiforme de origem Mesopotâmica, a cultura persa apresentava peculiaridades notáveis. Sua religião era basicamente dualista, fundada na crença em duas divindades antagônicas principais: Ormuz-Mazda, deus do bem, da luz e do mundo espiritual, e Arimã, deus do mal e das trevas. O imperador seria o representante do bem na terra, em sua infindável luta contra o mal, mostrando o forte vínculo da religião com as estruturas de poder. (...) No conjunto, os persas também admitiam a vida após a morte e o advento de um Messias à Terra, um salvador que libertaria os justos (assim como na religião judaica). Os princípios dessa religião, chamada zoroastrismo ou masdeísmo, estavam no livro sagrado Zend-Avesta, que teria sido escrito por uma personagem lendária: Zoroastro, também chamado Zaratustra.   

Curiosidades:

·         Na Pérsia não existiam templos ou cultos. Zoroastro acabou com as crenças nos antigos ídolos ao demonstrar que a verdade e a pureza eram expressões do próprio culto. Muita característica do zoroastrismo influenciou outras religiões, como o cristianismo e o judaísmo. Algumas virtudes recomendadas pelo zoroastrismo, como o cumprimento às obrigações de trabalho, obediência aos governantes, criação de muitos filhos e cultivo da terra, serviam também para convencer a camada mais inferior da sociedade persa a não se revoltar contra a situação de exploração a que vivia submetida. Essa concepção religiosa acabou por se transformar em importante fator de controle político e social por parte dos reis e da aristocracia persa.

·         Aprimorando a administração, Dario I viabilizou os sistemas de impostos e estimulou o intercâmbio comercial com a criação da moeda de ouro, o “dárico”, transformada na primeira unidade monetária internacional confiável e aceita no mundo antigo.

ATIVIDADES: (RESPONDER NO CADERNO DE HISTÓRIA E COPIAR OS ENUNCIADOS):

1. Apresente a localização da Antiga Pérsia:

2. Indique o principal "legado" deixado pelos antigos persas:

3. Por que os antigos persas respeitavam a cultura do povo dominado?

4. Caracterize as "satrapias":

5. Explique a importância para os antigos persas em investir em um eficiente correio e em uma complexa rede de estradas:

6. Defina o "dárico" e apresente o seu objetivo:

7. Caracterize a religião "Zoroastrismo" e apresente a sua possível influência para as religiões monoteístas:





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